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“Passagens em Tela”
Inspirado no livro “Passagens”
De Vanda Ferreira
APRESENTAÇÃO:
O projeto tem
como finalidade a integração dos Artistas Plástico Poetas e publico, utilizando
as mais variadas técnicas e expressão, por ela só, conseguiremos mostrar a
visão do Poeta e também o potencial que tem como um todo.
“Arte e poesia,
pintadas em diversas cores e diversos traços”
OBJETIVO:
1 - através da pintura, levar ao publico, literatura e
historia.
2 - fazer uma troca de conhecimento.
3- expor e divulgar a arte e a literatura como uma união
indispensável.
4- evidenciar a presença e importância da literatura no
cenário da arte.
5 – proporcionar ao Escritor o aumento de sua
auto-estima, mostrando seu trabalho em um espaço tão nobre, a tela em cores.
JUSTIFICATIVA:
O projeto vem evidenciar a lacuna existente entre os estados e nosso município.
Também vem incentivar os escritores e artistas de nossa
região.
Nossa cidade possui um enorme campo que inspira e incita
todos os Poetas e Artistas.
PUBLICO ALVO:
Todos os Poetas, Escritores, Artistas Plásticos de todas as cidades e
estados.
PESSOAL ENVOLVIDO:
Autor/do
Projeto.
Artistas
inscritos, dentro e fora do Estado.
Corpo de
Jurados
Equipe Organizadora
do Evento
Aberto ao Público
EDITAL
1º CONCURSO DO PROJETO
“LITERATURA NA ARTE EM PINTURA” COM TEMA:
“PASSAGENS EM TELAS”
“PASSAGENS EM TELAS”
Inicia-se em 2012, com o livro "PASSAGENS",
da escritora Vanda Ferreira, de Campo Grande Mato Grosso do Sul.
O livro contém um rico cenário literário, com
certeza será inspirador.
Um projeto que conta com a participação de artistas
plásticos de Cidades vizinhas e Estados.
Proposta
1 - Trazer à realidade, sobre a tela, o “primeiro” ou
“último” capítulo do livro “Passagens de Vanda Ferreira” cada um usando sua própria
técnica.
2 - Os capítulos seguem em anexo ao edital.
3 - Será vencedora do concurso, a tela que melhor
expressar a realidade do capítulo escolhido.
4 – O julgamento será feito no dia da exposição das
telas concursadas, por uma comissão julgadora competente, para tal.
5 - O convidado a participar do concurso deverá
transformar a leitura em
pintura, numa tela medindo 90 cm de largura por 60 cm de altura.
pintura, numa tela medindo 90 cm de largura por 60 cm de altura.
6 - Apenas uma tela por participante.
7 – A tela concursada deverá ser trazida pelo
próprio autor da obra.
8 - O transporte e manuseio da tela serão de
responsabilidade de cada participante e a participação é de corpo presente.
9 – O evento
será realizado na Secretaria de Cultura de Araruama em frente a Praça São
Sebastião no Centro da Cidade.
10 – As telas poderão ser expostas em cavaletes ou
nas paredes
11 - As telas ficarão expostas durante todo o dia 26
de maio a partir das 8 horas da manhã até as 21 hora, para serem avaliadas pela
comissão julgadora e para serem apreciadas pelos visitantes.
12 - A entrega da premiação será a partir das 20
horas com coquetel.
13 - As inscrições serão encerradas no momento em que
completar o limite de participantes com depósito confirmado.
16 - OBS: Dia 11 de maio todos os participantes do concurso deverão enviar uma foto
de sua tela para alacro-academia2011@live.com que será entregue
restritamente à comissão julgadora para se familiarizarem com as imagens com o
objetivo de facilitar a votação de cada jurado no dia do evento.
16 - A confirmação da participação de cada artista
somente se dará com o envio do comprovante de depósito da taxa de inscrição e a
imagem foto da tela, nas datas acima:
14 - A taxa de
inscrição no valor de R$ 50,00 reais,
deverá ser depositada a partir do mês de Abril (do 1º até o dia 30 de Abril). Esta é a data limite para efetuar o
depósito.
HSBC - AG 1337 – Conta Poupança - 409550-9 –
para crédito de Érico Francis.
15 - O evento e os apoios culturais serão divulgados
nos meios de comunicação da cidade.
17 – A
princípio, os prêmios para o vencedor serão:
• Troféu Personalizado de Artes Plásticas;
• Exemplar do livro “Passagens” autografado pela autora;
• Medalhas Personalizadas 2º e 3º Lugar
• Troféu Personalizado de Artes Plásticas;
• Exemplar do livro “Passagens” autografado pela autora;
• Medalhas Personalizadas 2º e 3º Lugar
• Diploma de participação;
E mais prêmios, de apoio cultural.
FICHA
DE INSCRIÇÃO:
UMA FOTO PERFIL PARA
DIVULGAÇÃO DE SUA PARTICIPAÇÃO NOS SITES E BLOGS (opcional)
NOME COMPLETO:
PSEUDÔNIMO COM O QUAL ASSINA AS TELAS:
CIDADE E MUNICÍPIO RESIDENTE:
(estas informações são obrigatórias para a
confecção dos diplomas)
COMPROVANTE DE DEPÓSITO DA TAXA DE INSCRIÇÃO:
N°: DATA: VALOR: R$50,00
N°: DATA:
OBS: Enviar esses dados no corpo do e-mail:
alacro-academia2011@live.com
OBS:
O Hotel VER A
VISTA em Araruama, em parceria com o evento, estará recebendo o grupo de
Artistas participantes do concurso bem como os convidados, que desejarem se
hospedar.
O preço será especial para o grupo deste evento.
HOTEL VER A VISTA
Rua São Sebastião, 400 Alto da Boa Vista - Araruama – RJ –
Próximo a
Secretaria de Cultura.
Contato: 22 –
2665-4721/2664-7311
Sr. Lourival
Desde já parabenizo os Artistas Plásticos
convidados, que aceitarem este lindo desafio temático.
CAPÍTULO PRIMEIRO DO LIVRO "PASSAGENS"
de Vanda
Ferreira.
(Página 13 e 14)
Neste final de tarde, ouvi estridências do
vento, aos uivos, ecoados da mata. Sentia-me presa ao
xadrez da tecelagem do assento, ainda macio, da velha
cadeira patinada pelo tempo que construiu capítulos
recheados de lembranças.
Senti-me ancorada na estação do porto final,
construído por cinco décadas da árdua e turbulenta
trilha de uma porteira pelo destino.
A abundância da chuva derramada sobre a secura do
terreiro encharcou o chão até espetacularmente correr
a enxurrada, feito mel escorrido de um favo duramente
espremido por gigantes e valentes dedos.
Chuva motiva conciliação com todas as coisas do céu e
da terra. Sentindo-me totalmente harmonizada como
ser pertencente ao contexto de vida, apreciei a
enxurrada rolando, acelerada, e governada pela
atração da gravidade, para ser engolida pela extensa e
escancarada boca do rio, continuamente sedento do
eterno querer mais.
Naquela tarde assisti à torrencial chuva. Em típico
estado hipnótico vi o passamento da água por um canal
de escape naturalmente proposto para a chuva deitada.
A cena se congelou em meu novelo de lembranças, tipo
uma imagem aprazível feita de densa pasta de
caramelo, escorrida de um montanhoso sorvete de
limão.
Quando olho para o terreiro, tenho, ainda a nítida
imagem da encorpada enxurrada, malhada pelos
últimos pingos de chuva, somados à sombra da
vegetação, assemelhando-se a uma braba Sucuri
adulta rastejando no terreiro de meu particular mundo
de recordação.
(Página 13 e 14)
Neste final de tarde, ouvi estridências do
vento, aos uivos, ecoados da mata. Sentia-me presa ao
xadrez da tecelagem do assento, ainda macio, da velha
cadeira patinada pelo tempo que construiu capítulos
recheados de lembranças.
Senti-me ancorada na estação do porto final,
construído por cinco décadas da árdua e turbulenta
trilha de uma porteira pelo destino.
A abundância da chuva derramada sobre a secura do
terreiro encharcou o chão até espetacularmente correr
a enxurrada, feito mel escorrido de um favo duramente
espremido por gigantes e valentes dedos.
Chuva motiva conciliação com todas as coisas do céu e
da terra. Sentindo-me totalmente harmonizada como
ser pertencente ao contexto de vida, apreciei a
enxurrada rolando, acelerada, e governada pela
atração da gravidade, para ser engolida pela extensa e
escancarada boca do rio, continuamente sedento do
eterno querer mais.
Naquela tarde assisti à torrencial chuva. Em típico
estado hipnótico vi o passamento da água por um canal
de escape naturalmente proposto para a chuva deitada.
A cena se congelou em meu novelo de lembranças, tipo
uma imagem aprazível feita de densa pasta de
caramelo, escorrida de um montanhoso sorvete de
limão.
Quando olho para o terreiro, tenho, ainda a nítida
imagem da encorpada enxurrada, malhada pelos
últimos pingos de chuva, somados à sombra da
vegetação, assemelhando-se a uma braba Sucuri
adulta rastejando no terreiro de meu particular mundo
de recordação.
ÚLTIMO CAPÍTULO DO LIVRO "PASSAGENS"
(Páginas
127 e 126)
Na cozinha aticei a lenha do fogão. Centelhas
ganharam altura, como se fossem mariposas de prata
com asas de ouro, em revoadas bailando nas disformes
e escuras nuvens de fumaça. Instantaneamente
formou-se uma porção do céu noturno repleto de
estrelas cadentes que, se desfizeram ainda no ar,
dissipando-a bela imagem.
Coloquei meio litro de água para ferver. Meu café era o
mesmo desde que José, ensinara no início de nossa vida
de casados, ainda muito jovens: meio litro de água,
duas colheres de sopa de açúcar e duas colheres de sopa
bem cheia de café torrado e moído. Fervia a água,
juntava o açúcar e o pó de café, mexia tudo e passava no
coador de pano de algodão, para o bule de alumínio
disposto na mariquinha. Era um verdadeiro ritual
cumprido com prazer e rigor.
O cheiro de café invadiu a cozinha e centrou meu
pensamento. Servi minha xícara e antes de sentar-me,
coloquei o bulinho de alumínio, em uma panela com
água para manter o café quente, em banho-maria,
sobre a chapa do fogão.
Cercada pela solidão, sentei-me na cabeceira da
majestosa mesa, sentindo o cheiro do café que esfriava
esquecido na xícara branca de borda dourada.
Na cozinha aticei a lenha do fogão. Centelhas
ganharam altura, como se fossem mariposas de prata
com asas de ouro, em revoadas bailando nas disformes
e escuras nuvens de fumaça. Instantaneamente
formou-se uma porção do céu noturno repleto de
estrelas cadentes que, se desfizeram ainda no ar,
dissipando-a bela imagem.
Coloquei meio litro de água para ferver. Meu café era o
mesmo desde que José, ensinara no início de nossa vida
de casados, ainda muito jovens: meio litro de água,
duas colheres de sopa de açúcar e duas colheres de sopa
bem cheia de café torrado e moído. Fervia a água,
juntava o açúcar e o pó de café, mexia tudo e passava no
coador de pano de algodão, para o bule de alumínio
disposto na mariquinha. Era um verdadeiro ritual
cumprido com prazer e rigor.
O cheiro de café invadiu a cozinha e centrou meu
pensamento. Servi minha xícara e antes de sentar-me,
coloquei o bulinho de alumínio, em uma panela com
água para manter o café quente, em banho-maria,
sobre a chapa do fogão.
Cercada pela solidão, sentei-me na cabeceira da
majestosa mesa, sentindo o cheiro do café que esfriava
esquecido na xícara branca de borda dourada.
Suspirei lentamente como a sorver a cronologia de
minha história de vida. Profundos suspiros trazem
alimentos sedativos, e por meio da expiração longa, há
a realização da troca que expulsa porção de
inutilidades aprisionadas numa nuvem interior.
Recompus-me por força temporal. Suspirei longa e
profundamente, elevando os olhos para espiar além da
porta e percebi o dia ensolarado.
Avistei o esplendor das açucenas. A leveza das flores
abertas exibia escancaradas pétalas bailando
suavemente na manhã ensolarada. Um paradoxo no
velho pensamento que me escravizava. Torturantes
lembranças permeadas de funebrealidade e instante
colorido pelo quente alaranjado das açucenas e o
brilhante sol em céu divinamente azul.
Indaguei às paredes: Lembranças são reavivadas
incontáveis vezes? Sempre haverá algo que impetra a
recordação? Relembrar é reviver?
minha história de vida. Profundos suspiros trazem
alimentos sedativos, e por meio da expiração longa, há
a realização da troca que expulsa porção de
inutilidades aprisionadas numa nuvem interior.
Recompus-me por força temporal. Suspirei longa e
profundamente, elevando os olhos para espiar além da
porta e percebi o dia ensolarado.
Avistei o esplendor das açucenas. A leveza das flores
abertas exibia escancaradas pétalas bailando
suavemente na manhã ensolarada. Um paradoxo no
velho pensamento que me escravizava. Torturantes
lembranças permeadas de funebrealidade e instante
colorido pelo quente alaranjado das açucenas e o
brilhante sol em céu divinamente azul.
Indaguei às paredes: Lembranças são reavivadas
incontáveis vezes? Sempre haverá algo que impetra a
recordação? Relembrar é reviver?
Pérolas de Elaine Mello
Encontro de Poetas Eventos By M&!!O
Recanto das Letras
ALACRO
Delegação FALASP
Elaine Mello
Presidente
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