terça-feira, 18 de maio de 2010

SE...

SE...

Queria eu tirar do peito essa dor
E de pronto viajar num repente.
Na ilusão qualquer d'um amor,
Que não me deixasse quedar ausente.

Eu que via ondas bailarem como gente,
N'uma tarde com o sol a se por.
Sentia na pele o flamejar ardente,
Lampejos, brisa em inebriante torpor.

Quem dera se eu voar pudesse
E para onde ir, eu ao vento dissesse,
Sem rodeios, sem falsas ideias.

Quem dera se meus olhos não mais chorassem.
Que as estrelas só ao luar amassem.
Que eu apagasse da memória as misérias.

Eritânia Brunoro

7 comentários:

Rebeca Xavier disse...

a ilusão de um amor nos toma a todas nós...

Brasil Desnudo disse...

Olá Querida!!
Mesmo com toda distância, agradeço pela visia ao meu Blog1
Quanto a sua postagem, maravihosa.
Mas vou deixar pra ti, uma tema postado num blog que sigo, onde dá uma dimensão maior do que é o Amor, mas que muitas das vezes, nos traz desiluão.
Mas o Amor! Deve, e tem por seu próprio direito de sua existência, amenizar a miséria que ainda vemos mundo a fora..

Mas reflita sobre texto abaixo que postei no blog da Cris Gudes..


Cris Guedes disse...
Acreditem, até freira eu quis ser....

Eu relato, discordo, mas contudo, concordo que o Amor ainda é a mmaior fonte da sobrevivência do Ser.
Nossa, que Loucura seria!

Tem um pintor que retratou seu amor através de sua arte...
Na junventude ele se apaixonou por uma linda mulher, mas seu pai não permitiu que ela se casasse com ele...
Encaminhou a jovem Mulher para um convento, onde acabou se tornando uma Freira...
O sofrimento desse jovem foi tanto, que ele retratou em uma de suas fatásticas Obras, o Amor que eternamente sentiu por essa Mulher, perdida pela ignorância Tirania de um único Ser "Sem Alma".
No quadro pintado por ele, ele pinta a linda Mulher, nun cenário Frio, escuro, mas já Vestida e segregada como o pai determinou, uma Freira.
A pintura, um quadro óleo sobre tela, de uma Freira carregando um Lampião. E desse lampião, ainda à base de pavio de vela, surge a fumaça subindo ao lado da Linda Mulher, mas que não o pertencia mais...
Nessa fumaça ele retrata, demonstra a união de dois corpos em movimento, transformando-se no que ele mais desejou a vida toda.
O Amor dessa Mulher.
Esse quadro se encontra no Museu Nacional de Belas Artes,RJ.
Quem nunca o viu, um dia deve querer vê-lo, assim talvez saiba o que é o Amor sem limites, sem frenteiras... E mesmo sobre imposição, O Amor vence qualquer barreira, seja ela de pedra, fogo, água ou, da Ignorância do Ser.

O pintor desse quadro se chama Pedro Américo.

MARCIO RJ

Geovana Arruda disse...

Muito bonito...Sei bem o que é essa ilusão que é amar...apagar da memória é tão difícil...Parabéns!!bj

Ricardo de Almeida Rocha disse...

Ser feliz é ser tranquilo?
Vou pensar a respeito.
Posso até, se for o caso, desistir da tranquilidade. Das inquietações, não.

Abração

mundo azul disse...

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...quem dera!

Bonito e reflexivo o seu poema!


Beijos de luz e o meu carinho...

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Helen De Rose disse...

A beleza deste poema faz suspirar a sensibilidade da alma. Adorei ler, Eritania.

Rosiane disse...

"Quem dera se eu voar pudesse
E para onde ir, ao vento dissesse..."

Tenho essa mesma vontade...
De me apegar as assas do vento e voar para a Ilha...

Fiquei muito feliz com sua visita em meu blog,é maravilhoso saber que não estamos sós no mundo em nossas divagações...
Seus poemas são arrebatadores, lindos... Parabéns!

Bjo
Ro