sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

INSONE



INSONE


Paredes, cárceres,
Prendem-se a si mesmas.
A noite se alarga
por entre dedos, mãos.

Súplica pela cama desfeita.

Lençois, que amontoam-se,
divertem-se entre tons-sombra
Nas horas que não se vão.

Movimentos, desespero
Pelo sono impossível.
Lá fora só, o nada se faz.

Relógio inquieto não sabe:
A noite não quer dormir.


** Publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, Volume 61 pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE)

Um comentário:

Rebeca Xavier disse...

parece um pouco com os poemas q eu escrevia antes (qnd escrevia poemas), só q mais maduro.

=*