sábado, 20 de fevereiro de 2010

NOS BRAÇOS DA NOITE

NOS BRAÇOS DA NOITE

Chego aos braços da noite que a mim deseja.
Receba-me! Queira não me deixar entristecer.
Carrego lembranças das quais preciso esquecer,
No teu abraço escuro, minha força fraqueja.

Adormece-me no silêncio da madrugada que almeja.
Teu sussurrar de noite quieta faz o sono vencer.
Aconchego-me no sorriso, que em mim faz crescer
A paz, que o cantar da noite, então, assim seja.

Entre névoas, o voo de pássaros noturnos avança.
Em vãos pensamentos, vou deixando-me aos poucos.
Regozijo os dias de mais enaltecida esperança,

Sigo passos que não imagino p'ra onde vão.
Teus lábios pronunciam, lentamente, versos roucos.
Areias que, pela noite, perdem-se na escuridão.

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