quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

REPULSA




REPULSA

Dilacera a carne em mil pedaços,
A dor, que aqui, se espalha velozmente.
Afunda a alma, numa saudade não dormente
Aquilo que restou dos teus simples traços.

Entrego-te meus versos aos maços
De folhas que rasgas, sem nenhuma piedade.
Zomba da minha então limitada capacidade,
De resgatá-las do chão sob teus passos.

A mim, tal atitude, causa terrível embaraço,
Por teu desprezo ser, assim, tão veemente,
Que nem num verso eu descreveria, facilmente,
O vazio que agora recolho deste espaço.

Eritânia Brunoro 

** Publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, 62º Volume da Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE

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