sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

QUATRO ESTAÇÕES



QUATRO ESTAÇÕES

Invento os meus próprios invernos,
E deles, resgato-me sem feridas por sarar.
Meus limites ultrapassam os internos
Sentimentos, que eu agora tento decifrar.

Invento os meus próprios verões.
Irradiada pelo teu Sol e tuas luzes
E confusas, as minhas impressões
Misturam-se em areias outras, que seduzes.

Invento os meus próprios outonos.
Brisas, que me vêm, sopradas de muito distante.
Sinto-me, assim, em displicentes abandonos
Mãos em preces, à espera d'um único instante.

Invento, por fim, minhas próprias primaveras.
Pelos caminhos da estrada, sempre em flores,
Eu sigo em passos pequenos, sinas severas,
Desejando um próximo inverno de amores.

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