sábado, 13 de fevereiro de 2010

IMPLACÁVEIS


IMPLACÁVEIS


Miseráveis são os meus distraídos dias,
E as lágrimas que teimosas persistem.
Aplacadas lembranças que, então, tardias,
Rondam faceiras os sonhos que resistem.

Se extraio o verso que ora assistem,
É d'alma, que verte rios de fantasias.
Mesmo que a ela seja proibido, insistem
As outroras em definirem as agonias.

Não vistes as lágrimas enquanto partias?
Não derramastes as que em ti habitam!
Nem ao menos disse a mim o que sentias,

Ou os versos, que no teu viver, coabitam.
Ao relento d'alma, sigo a sina em poesias
E o cair das gotas, que as da chuva imitam.

Um comentário:

Brasil Desnudo disse...

lindo poema e extremamente expressivo..

Meus parabéns pelo belo blog

Marcio RJ