INSONE
Paredes, cárceres,
Prendem-se a si mesmas.
A noite se alarga
por entre dedos, mãos.
Súplica pela cama desfeita.
Lençois, que amontoam-se,
divertem-se entre tons-sombra
Nas horas que não se vão.
Movimentos, desespero
Pelo sono impossível.
Lá fora só, o nada se faz.
Relógio inquieto não sabe:
A noite não quer dormir.
** Publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, Volume 61 pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE)
Um comentário:
parece um pouco com os poemas q eu escrevia antes (qnd escrevia poemas), só q mais maduro.
=*
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